Por Francisco Praciano (Deputado Federal do PT-AM)*
Nesta semana estarei completando 60 anos. Embora eu nunca tenha sido propenso a grandes reflexões sobre o sentido da vida, não pude deixar de pensar, nos últimos dias, sobre minhas relações familiares, minhas relações com amigos e parentes, minha vida profissional e, principalmente, sobre a forma como tenho pautado a minha atuação na política.
Dos meus pais, que não mais são vivos, só guardo boas lembranças. Ainda bem jovem – e sem qualquer tensão familiar - saí da casa de meus velhos, no interior do Ceará, e vim para o Amazonas. Aqui, ao longo dos últimos 40 anos, tive vários empregos, constituí a minha família e fiz um número enorme de amigos.
No início da década de 80, deixei uma boa colocação em uma das grandes empresas do Distrito Industrial e comecei a atuar na política partidária. Fui derrotado uma vez para deputado estadual e uma vez para prefeito da capital, mas por quatro vezes fui eleito vereador e, por duas vezes, deputado federal, tendo sido o mais votado nas últimas eleições. Com muito orgulho, sou membro do PT, Partido que ajudou o governo de Lula a realizar a maior inclusão social da história da humanidade, combatendo a miséria e a fome no nosso país e provocando a ascensão social de mais de 30 milhões de brasileiros.
Apesar de reconhecer meus muito defeitos, posso ao menos afirmar que, na política, jamais procurei compactuar com qualquer bandidagem e sei que posso cantar, como se fosse minha, a música Meu Mundo é Hoje, de Paulinho da Viola, que diz: “Eu sou assim, quem quiser gostar de mim eu sou assim // Eu sou assim, assim morrerei um dia // Não levarei arrependimentos nem o peso da hipocrisia // tenho pena daqueles que se agacham até o chão // enganando a si mesmo por dinheiro ou posição // Nunca tomei parte desse enorme batalhão // Pois sei que além de flores, nada mais vai no caixão // Eu sou assim, quem quiser gostar de mim eu sou assim".
* Artigo publicado dia 14 de fevereiro de 2012 no Jornal Dez Minutos.
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