Todos os anos, desde 1964, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza a Campanha da Fraternidade, sempre abordando algum problema concreto que envolve todo o país. A Campanha deste ano tem como tema “Fraternidade e Saúde Pública”, cujo objetivo geral pode ser dividido nos seguintes três pontos: 1) refletir sobre a realidade da saúde no Brasil, em vista de uma vida saudável; 2) despertar o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção dos enfermos; 3) mobilizar por melhoria no sistema público de saúde.
Além do objetivo geral, a Campanha da Fraternidade 2012 apresenta seis objetivos específicos, sendo que um deles é “qualificar a comunidade para acompanhar as ações da gestão pública e exigir a aplicação dos recursos públicos com transparência, especialmente na área da saúde”.
De acordo com uma pesquisa realizada em janeiro deste ano pelo IBOPE, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 61% da população brasileira consideram “péssimo” ou “ruim” o serviço público de saúde no Brasil, sendo que 68% dos brasileiros têm a rede pública como único ou principal fornecedor de serviços de saúde. Para aqueles que dependem principalmente dos hospitais e postos de saúde da rede pública, os principais problemas são: a falta de medicamentos e de equipamentos; as filas para atendimento; as greves de funcionários (inclusive de médicos); os prédios mal conservados; os hospitais superlotados.
Realmente, tanto a União quanto os Estados e os Municípios ainda têm muito que fazer pela saúde e, embora mais recursos se façam necessários, isso não basta. É preciso melhorar a administração e aumentar a fiscalização para que os recursos disponibilizados cheguem à ponta do sistema, sem se perder no meio do caminho, por corrupção ou má gestão.
Meus parabéns, portanto, à CNBB e aos movimentos e pastorais da Igreja Católica pelo oportuno tema da Campanha da Fraternidade 2012.
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