Na manhã desta sexta-feira (7), cerca de 300 mil pessoas ficaram sem transporte em decorrência da paralisação da empresa de transporte coletivo Global Green. Os funcionários afirmam que não receberam o pagamento de 100% das horas extras referente às jornadas do primeiro e do segundo turno das eleições. “Além disso, as empresas de transporte da cidade também não estão pagando outros direitos trabalhistas, como FGTS e INSS. Uma total falta de respeito com a categoria”.
Para o deputado José Ricardo Wendling (PT), está se tornando comum as empresas do transporte coletivo deixarem de pagar os direitos trabalhistas dos rodoviários. “Com isso, quem perde é a população, que fica prejudicado com a interrupção do serviço de transporte coletivo, dificultando a chegada no trabalho, na escola e em atividades importantes do seu dia a dia”, declarou.
O deputado lembrou que as empresas de transporte coletivo são beneficiadas pelo Governo do Estado com cerca de R$ 26 milhões/ano (renúncia de combustível), mais R$ 5 milhões/ano (renúncia de IPVA) e outros 12 milhões/ano em subsídios, somando quase R$ 44 milhões; além da parte da Prefeitura, que são outros R$ 12 milhões/ano, totalizando cerca de R$ 56 milhões; isso sem falar nos benefícios de PIS/Cofins do Governo Federal.
“Essas empresas já têm muitos benefícios do poder público. E ainda não honram seus compromissos com os trabalhadores e a população? É um absurdo e um desmando. Por isso, que não podemos nos calar”, disse ele, que continuará cobrando da Comissão de Finanças e de Transporte da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) realização de Audiência Pública para rediscutir os incentivos fiscais concedidos pelo Governo do Estado para a melhoria do sistema de transporte coletivo de Manaus e garantia do cumprimento dos direitos trabalhistas dos rodoviários.
Junto com vereadores Waldemir José e Bibiano, ambos do PT, o deputado também estará cobrando que a Prefeitura de Manaus faça uma intervenção no sistema. “A frota de ônibus de Manaus esta sucateada. No Terminal 3, por exemplo, estavam circulando ônibus de oito, nove e até dez anos de utilização, acima do tempo médio permitido. É um perigo para a população. Está na hora da Prefeitura fiscalizar”.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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