O deputado José Ricardo Wendling (PT), juntamente com outros nove deputados estaduais, dentre eles, Luiz Castro (PPS), Marcelo Ramos (PSB) e Conceição Sampaio (PP), ingressa nesta quarta-feira (11), no Ministério Público do Estado (MPE), com novo pedido de intervenção no Município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus). Eles querem o afastamento do prefeito do cargo, bem como de toda a cúpula da Prefeitura, diante das inúmeras denúncias de perseguições e de ameaças aos familiares e vítimas dos crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes. “A Procuradoria do MPE deve dar prioridade aos casos de pedofilia, conforme determina a legislação atual, e até pedir intervenção na cidade, já que uma das críticas da CPI da Pedofilia nacional é quanto à morosidade da justiça do AM”. O pedido de intervenção será entregue ao subprocurador geral do Estado, José Hamilton dos Santos.
Ele também defende que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia continue e até amplie seus trabalhos neste momento de início de Copa do Mundo e do período eleitoral. “Não posso concordar em redução de trabalho por conta das eleições. Essa CPI não foi fácil de ser implantada e deve continuar investigando os casos de Coari e das demais cidades do Amazonas. Agora na Copa, inclusive, podem surgir novas denúncias envolvendo o turismo sexual infanto-juvenil. Quem assumiu a CPI tem que ser o primeiro a querer o seu funcionamento integral”, comentou.
Nesta terça, várias entidades de Coari estiveram no plenário da Assembleia Legislativa, em Cessão de Tempo solicitada por José Ricardo, Luiz Castro, Marcelo Ramos e Conceição Sampaio, denunciando desmandos dos governantes locais e até o abandono da cidade. “Coari vive numa situação calamitosa, onde a violência, as perseguições, as ameaças e a impunidade só aumentam”, declarou o membro do Conselho de Cidadãos de Coari, Rayone Queiroz, querendo a intervenção na cidade.
Em Lábrea, o abandono continua
Em fiscalização a mais um município do Estado, o deputado esteve recentemente em Lábrea (a 702 quilômetros de Manaus), onde continuam os problemas nos serviços públicos estaduais e municipais. Na segurança, a estrutura da delegacia está abandonada; poucos PMs no local; e apenas um funcionário da Prefeitura tomando conta da delegacia e de cerca de 50 presos. “Há mais motocicletas da PM do que policiais propriamente ditos e esse funcionário está com o salário atrasado há quatro meses. Um absurdo”.
A estrutura antiga e inadequada do hospital demonstra que a saúde está um caos, com poucos funcionários e médicos. “Um gerador de energia foi entregue ao hospital há 14 anos, mas nunca funcionou. E a ambulância estava ‘pifada’ lá fora da unidade”, disse ele, ressaltando que a cidade não tem porto, prejudicando embarque e desembarque de passageiros e de mercadorias, assim como a BR-230, totalmente tomada pelos buracos.
E não poderia deixar de denunciar o abandono nas ruas de Lábrea. Apesar de existir uma placa de obra de R$ 20 milhões para a recuperação das vias, sem data de início e de término, todas as ruas continuam sem pavimentação, com muita poeira e lama e até com esgoto correndo pelo meio da pista. “Parece que a cidade não tem prefeito. Irei denunciar toda essa situação aos devidos órgãos competentes”, concluiu.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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