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sábado, 3 de maio de 2014

Lula mostra por que PT não tem medo de protestos e defende a Copa


Agora oficialmente um legítimo “filho de Santo André”, o ex-presidente Lula fez um discurso emocionado, bem humorado, e feliz ao receber do prefeito Carlos Grana (PT) o título de Cidadão Honorário de Santo André, conferido pela Câmara Municipal desta cidade do ABCD paulista, berço político do ex-chefe do governo petista e região onde ele mora desde o início dos anos 60.

Na cerimônia na última 4ª feira (30.04), o ex-presidente lembrou que foi ali na região que nasceu o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, presidido por ele nos anos 70 (quando ainda se chamava sindicato dos Metalúrgicos de são Bernardo do Campo), e que foi no movimento sindical que surgiu o PT. “Foi de ver que faltavam trabalhadores eleitos que resolvi criar o PT”.

Como não poderia deixar de ser, o ex-presidente lembrou “o milagre” que fez em Santo André, o prefeito Celso Daniel – sequestrado e assassinado em janeiro de 2002. Presente no evento, a ministra do Planejamento e Getão, Miram Belchior (Planejamento) destacou a importância da Universidade Federal do ABC (criada no governo Lula) para a região.

“Universidade projetou o ABC como região geradora de conhecimento”

“A universidade projetou o ABC como uma região geradora de conhecimento”, afirmou. O ex-presidente lembrou que foram os governos petistas que mais criaram universidades em nosso país – 14 universidades federais em oito anos de Lula, entre novas universidades e ampliações de existentes.

Destacou, ainda, a importância de se explicar para os mais jovens as mudanças que aconteceram nos últimos anos no Brasil. “Um jovem de 20 anos tinha oito anos quando fui eleito. Ele não tem a menor obrigação de saber o que aconteceu”, frisou o ex-chfe do governo.

O prefeito da cidade, Carlos Grana, garantiu ao ex-presidente que Santo André “vai se vestir” de verde e amarelo para a Copa do Mundo, que começa daqui a dois meses, ocasião definida por Lula como “um momento de encontro de civilizações”.

“COPA não é só dinheiro, é encontro de civilizações”

“Se eu ficar dizendo que não pode ter (Copa) porque tem criança na rua ou porque não tem escola pra todo mundo, nós não vamos fazer nada. (…) O que nós temos que compreender é que numa Copa do Mundo, não se trata de dinheiro apenas, de quanto vai entrar. Eu vejo as pessoas tentando justificar, dizendo que vai entrar R$ 2 bi, R$ 3 bi, R$ 4 bi… Não importa quanto vai entrar. A Copa do Mundo é um estado (de espírito), um momento de encontro de civilizações em que o Brasil precisa mostrar a sua cara”, afirmou o ex-presidente.

Nem ele, nem a presidenta Dilma Rousseff, frisou o ex-mandatário brasileiro, têm medo dos protestos relativos à Copa. “Gente, vocês imaginam se nessa altura do campeonato, com 68 anos dos quais 38 fazendo protesto, eu vou ter medo de protesto? A Dilma, com 20 anos, a bichinha estava presa, foi torturada, tomou choque pra tudo quanto é lado por protestar… ela agora vai ter medo de protesto?”.

“Quem quiser protestar que proteste. O que nós temos que garantir é a realização da Copa do mundo e torcer para que o Brasil não dê o vexame de 1950. Aí, sim, vai ter protesto”, concluiu. Em 1950, em jogo no Maracanã (Rio), o Brasil perdeu a final da Copa do Mundo, realizada aqui, para o Uruguai.

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