Os recentes indicadores do Índice de Desenvolvimento Humanos (IDH) das cidades brasileiras, divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), revelam que o Amazonas está na faixa de desenvolvimento médio (entre 0,600 a 0,699), mas possui nove municípios entre os 50 piores do País (Tapauá, Barcelos, Maraã, Pauini, Santo Antônio do Içá, Ipixuna, Santa Isabel do Rio Negro, Itamarati e Atalaia do Norte). O índice que mais pesou para o baixo IDH foi a educação, que, segundo a Controladoria Geral da União (CGU), nos dois últimos anos, 70% dos municípios do Estado fizeram despesas incompatíveis com as finalidades do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Para o deputado José Ricardo Wendling (PT), o povo amazonense está sofrendo mais pela falta de investimentos do poder público, principalmente, no interior. “E o que o Governo do Estado fez até agora?”, questionou ele, que pretende realizar audiências públicas com a sociedade para se fazer uma avaliação desses 3,9 anos da atual gestão estadual. “Não dá para chegar nas eleições e dizer que esses problemas não são de sua responsabilidade”, declarou o parlamentar.
Ele explica que na saúde, principalmente, do interior não faltam só médicos, mas também funcionários estaduais para atuar nesses locais, já que o Governo não faz concurso público. “Os hospitais necessitam de reformas e de mais investimentos para manutenção de equipamentos, uma responsabilidade do Estado”.
Na segurança pública, o parlamentar ressalta que com a implementação do Programa Ronda no Bairro muitos policiais saíram nos municípios do interior para reforçar a atuação em Manaus. “Mas nessas cidades, os prédios das delegacias sofrem com falta de manutenção e estrutura para atuação diária. Além disso, a criminalidade só aumenta nesses locais, que vive na insegurança com a contínua falta de efetivo policial”, contou.
Já na área da educação, o deputado lembra que os indicadores do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) continuam colocando o Amazonas entre os piores estados no quesito qualidade do ensino, o que compromete o futuro dos estudantes. “Esse retrato é o pior possível. Cidades sem pedagogos e quadras de esporte e sem bibliotecas funcionando, como ainda poucos funcionários para a limpeza e merenda escolar”.
E no transporte, o Estado padece com o monopólio de empresas aéreas, com precárias pistas de pouso e com um transporte fluvial sem regulamentação. “Sem falar no transporte coletivo, já que o Governo concede incentivo fiscal há cinco anos, mas nunca fez qualquer avaliação sobre a qualidade do serviço prestado na capital”, enfatizou José Ricardo, frisando que na área da transparência e do combate à corrupção falta mais fiscalização dos serviços públicos, principalmente, pela Controladoria Geral do Estado (CGE), a fim de evitar fraudes, serviços precários e desvio de recursos públicos. “É grande o número de obras paralisadas pelo interior. Cadê a fiscalização?”, questionou.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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