A presidenta Dilma Roussef receberá, neste sábado (6), no Palácio do Planalto, representantes de movimentos sociais e entidades do campo. Na próxima semana, Dilma receberá representantes dos povos indígenas, de organizações de mulheres e do movimento negro, entre outros grupos sociais.
Segundo matéria veiculada na Agência Brasil, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Via Campesina vão aproveitar o encontro para discutir pautas tradicionais dos grupos, como reforma agrária e restrição aos transgênicos.
O objetivo dos encontros, segundo o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, é ouvir as avaliações e sugestões das entidades sobre o atual momento do país. Após a onda de manifestações que tomaram as ruas do país, a presidenta tem se reunido com diferentes setores da sociedade.
Os movimentos divulgou carta na quinta-feira (4) anunciando demandas específicas. As entidades listam dez pontos que serão apresentados durante a reunião. Entre as reivindicações estão mais agilidade da reforma agrária, desapropriação de terras vendidas a estrangeiros, banimento de agrotóxicos proibidos em outros países, revisão da liberação de transgênicos e maior controle do desmatamento.
No documento, assinado pelo MST, pela Contag, Via Campesina e Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), também estão listadas as demandas pela construção de escolas rurais, mudanças na legislação tributária que beneficiam empresas agrícolas exportadoras e a retirada do regime de urgência para a votação do projeto do Código de Mineração, que tramita no Congresso Nacional.
“No campo, há uma enorme dívida social e as desigualdades são cada vez maiores. As terras se concentrando nas mãos dos latifundiários e de empresas estrangeiras. Os bens da natureza, estratégicos, como terras, águas, florestas, minérios, estão sendo privatizados e entregues ao controle de grandes empresas”, diz o texto.
As organizações também manifestam apoio às reivindicações das ruas por redução nas tarifas de transporte público, melhoria dos serviços de saúde, de educação e pela democratização dos meios de comunicação. “As lutas exigem mudanças estruturais. As lutas sociais são legítimas e somente elas podem melhorar as condições de vida do nosso povo”, avaliam.
Fonte: com informações da Agência Brasil
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