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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Extrativistas da Amazônia recebem apoio para produzir de forma sustentável


Além de assistência técnica, famílias terão acesso a mercado e compras governamentais

As comunidades extrativistas da Amazônia terão Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) diferenciada e mais acesso ao mercado público e privado de alimentos. Entre as medidas, anunciadas nessa terça-feira (6) durante o III Congresso do Conselho Nacional das Populações Extrativistas em Macapá (AP), está uma chamada pública de Ater que será lançada ainda neste mês pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para atender a 14 mil famílias extrativistas do Bolsa Verde em 11 unidades de conservação do Acre, Amazonas e Pará. 

“Nós queremos que a assistência técnica seja direcionada para que as pessoas possam produzir, beneficiar a matéria-prima e agregar valor”, avaliou o ministro do MDA, Pepe Vargas. O ministro afirmou que o desafio do governo federal é capacitar as populações extrativistas para que elas se organizem economicamente e possam vender para os mercados e, também, para os programas de Aquisição de Alimentos (PAA) – e Nacional da Alimentação Escolar (Pnae) 

Contrato - Como parte da parceria entre Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Associação Brasileira de Supermercados (Abras), no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria, foi assinado um protocolo de intenção entre uma rede de supermercados e a Cooperativa do Acre (Cooperacre) para o comércio de castanhas dos extrativistas. 

Outra medida anunciada no III Congresso é a compra de alimentos da Associação dos Moradores da Reserva Extrativista Mapuá, no município de Breves no Pará por intermédio do PAA. O governo vai investir mais de R$ 273 mil para adquirir produtos como açaí, abacaxi, camarão, farinha de mandioca e pescada branca, entre outros.
Grupo - Além disso, o MDS, o MDA e o Ministério Meio Ambiente assinaram portaria criando um grupo de trabalho para elaborar um plano de ação voltado à inclusão social, ao acesso ao território, à infraestrutura e fomento da produção sustentável dos extrativistas. As propostas devem ser entregues em um prazo de 90 dias.

Durante o evento, foram entregues certificados de Concessão de Direitos Reais de Uso (CCDRU) para a Associação da Reserva Extrativista de Cumuruxatiba, na Bahia, e para a Associação da Reserva Extrativista de Chico Mendes, no Acre. De acordo com o MDA, serão entregues, nesta quarta-feira (7), outros dez CCDRUs, que beneficiarão 519 famílias do município de Santana (AP). A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que é preciso ampliar o debate sobre a preservação da floresta aliada ao desenvolvimento social e econômico das populações que vivem na floresta. “Temos que tirar a ideia de que as áreas protegidas são improdutivas”, disse a ministra.

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