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terça-feira, 6 de novembro de 2012

A natural presença de Lula no jantar que passa em revista a conjuntura política nacional


Natural, mas precipitadas as especulações da imprensa sobre a presença do ex-presidente Lula no jantar, hoje, no Palácio da Alvorada, que reúne a presidenta Dilma Rousseff, o vice-presidente da República, Michel Temer, os presidentes do Senado e da Câmara e os dirigentes nacionais e líderes no Congresso do PT e do PMDB. O encontro estreita a coalizão de governo entre os dois partidos na atuação na 2ª metade do mandato de Dilma.

Pode ser até que compromissos o impeçam e o ex-presidente nem vá ao Alvorada. Mas, nada mais natural e necessário do que sua presença num jantar em que a tônica será um balanço das eleições municipais deste ano; uma análise da ação da oposição e seus aliados na mídia; a renovação da presidência das duas Casas do Congresso Nacional; alianças pós-eleições; e prioridades para 2013...

A chiadeira alimentada pela oposição sobre esse encontro é o jus sperniandi dos derrotados que sonham com nossa inação e com o ex-presidente Lula aposentado. Pura ilusão. O importante e decisivo é a relação da presidenta Dilma com o antecessor Lula, o apoio integral do PT, a aliança com o PMDB e a consolidação da base aliada.

Especulações e chiadeira de derrotados

Quem mais avança nas especulações e chiadeira hoje, O Globo, afirma que no jantar já se tratará da sucessão presidencial na eleição de outubro de 2014, ainda daqui a dois anos. Mas, o fortalecimento de uma coalizão política - tema central do encontro de hoje - de alianças eleitorais e 2014 não são incompatíveis com a consolidação da base de apoio do governo no Congresso.

O importante é consolidar a relação não apenas com o PMDB mas com o PSD e com os aliados tradicionais do PT e do governo, como PSB-PDT-PC do B, e com o PP e o PRB. E os riscos de ação fragilizada não são apenas do PT e do PMDB.

Os tucanos, que levantam uma cortina de fumaça com a discussão de renovação interna, e o DEM também precisam tomar decisões. Disputam 2014 sozinhos ou se aliam ao PSB? Cedem a cabeça da chapa em 2014, a candidatura à Presidência da República ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos? Ou trabalham para três candidaturas, as da ex-senadora Marina Silva (sem partido), de Eduardo Campos (PSB) e de Aécio Neves (PSDB-MG), se este resistir até lá... e José Serra deixar?

Os tucanos vão trabalhar por uma ou por três candidaturas em 2014?

Já o governador Eduardo Campos tem tempo e espaço para decidir o caminho que mais fortaleça sua aspiração justa e legitima de disputar a Presidência do Brasil em 2014 ou 2018. Por enquanto se alia tanto ao PT como ao PSDB, entre outros (como fez na eleição deste ano), desde que o PSB cresça e se expanda. Esse é o jogo.

Como se vê, são questões que permeiam, preocupam e têm de ser discutidas por todos os partidos. Para o PT o que conta é o sucesso do governo Dilma e seu fortalecimento, já conquistado nas urnas, mas que demanda bons governos nas cidades e nos Estados.

E demanda, também, preparação para 2014, quando vamos disputar para valer os governos de Minas, Rio e São Paulo - o triângulo do poder - e reeleger a presidenta Dilma, objetivos que exigem uma reforma politica e a continuidade da renovação do PT.

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