Por: Francisco Praciano
No último sábado, 30/07/2011, no Rio de Janeiro, foi dado o pontapé inicial para a Copa do Mundo de 2014, com a definição dos grupos que disputarão as partidas eliminatórias. Para essa solenidade, a Prefeitura e o Governo do Estado do Rio gastaram cerca de R$ 30 milhões. Há 4 anos, na África do Sul, evento semelhante custou apenas de R$ 2 milhões, o que mostra que nossos governantes não têm pena de torrar dinheiro público.
Enquanto a Prefeitura e o Governo do Rio esbanjam dinheiro em uma festa, os bombeiros daquele Estado continuam a receber os piores salários do país, bueiros explodem e colocam a vida dos moradores em risco e as chuvas provocam catástrofes por falta de investimento em infraestrutura.
Esse tipo de farra com os recursos públicos em eventos e obras desnecessárias é uma constante em todo o Brasil. Aqui no Amazonas, o governo anterior gastou R$ 5,5 milhões só para construir um monumento que simboliza a ponte Manaus-Iranduba, valor um pouco menor do que os R$ 5,8 milhões previstos para a construção de uma escola de tempo integral com 21 salas de aula, localizada em frente ao mesmo monumento.
Ao comentar esses dois exemplos de gastos exagerados dos governos com recursos públicos, quero destacar que nesses tempos de contenção de gastos públicos é preciso que os governantes priorizem o uso dos recursos existentes em obras e políticas públicas que atendam as necessidades da população. As prioridades não devem ser as festas ou qualquer monumento, mas escolas de qualidade, hospitais e postos de saúde, transporte coletivo e água de qualidade, segurança pública, salário digno para professores e policiais.
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