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sábado, 6 de agosto de 2011

Capacidade de produção de eletricidade cresce 53% em dez anos


Hidrelétrica de Estreito (1.087 MW), que entrou em operação neste ano, gera energia suficiente para uma cidade de 3,5 milhões de habitantes. Após somar 6 mil MW em 2010, Brasil acrescenta outros 2 mil MW no primeiro semestre deste ano.

A capacidade instalada das usinas de geração de energia elétrica em operação no País alcançou 115,0 mil megawatts (MW) na última quinta-feira (4), de acordo com dados do Banco de Informações da Geração (BIG) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Essa potência total é 53% maior do que os 74,8 mil MW instalados até dezembro de 2001.

Só no primeiro semestre de 2011, entraram em operação comercial usinas capazes de somar mais 2 mil MW de energia para o País, depois do crescimento de 6 mil MW em 2010. Está prevista para os próximos anos uma adição de 51,5 mil MW na capacidade de geração do Brasil, proveniente dos 121 empreendimentos atualmente em construção e mais 541 outorgados. Estão em andamento, por exemplo, as hidrelétricas de grande porte de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte, que será a terceira maior do mundo quando concluída.

Além da produção, nesses seis primeiros meses foram concluídas as obras de quatro linhas de Transmissão de Energia Elétrica, segundo relatório do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Outras 21 linhas e 19 subestações estão em andamento. O relatório destaca como importantes para o sistema nacional, o início das obras de interligação das usinas do Madeira, que permitirá o escoamento da energia para o resto do País; e também o andamento das obras da interligação Tucuruí-Macapá-Manaus, que integrará o Amazonas e Amapá ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Matriz limpa 
As usinas hidrelétricas respondem por 67,48% da matriz energética brasileira no final de junho. A segunda maior fonte com participação na matriz nacional, no fim do semestre, é a termoelétrica, responsável por 26,52% da capacidade. As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) ficam em terceiro, com 3,15%. Outras fontes participantes da matriz são a nuclear (1,74%) e eólica (0,94%). As centrais geradoras de energia (CGH), que são hidrelétricas de menos de 1 MW representam 0,17%, respectivamente.

Potência supera consumo até 2015
Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), o Brasil vai conviver com uma capacidade de produção de energia maior que o consumo até, no mínimo, 2015. Somente neste ano, o País deverá registrar uma sobra estrutural de energia da ordem de 2,5 mil megawatts (MW) médios, para uma previsão de oferta de 58 MW médios no ano. Para 2015, a ONS prevê uma sobra de 5 mil MW médios, para uma oferta de 71 mil MW médios. As projeções levam em consideração um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) médio de 5% nos próximos cinco anos.

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