Por: José Ricardo*
Nos últimos dias, os jornais têm publicado notícias que envolvem desvios de dinheiro público, privilégios salariais para os governantes e desperdícios de recursos em obras desnecessárias. Enquanto isso, a maioria da população vive com salário mínimo que muitas das vezes não consegue pagar as contas e ainda sofre com transporte caótico, falta de água, longas filas nos hospitais, falta de policiamento e de moradia e baixos salários pagos aos professores. São tantos os problemas que a sociedade não aceita mais essa situação, cobrando ações positivas e transparentes dos governantes e dos políticos.
Diante de anseios populares, a Assembleia Legislativa já extinguiu algumas regalias, como redução do recesso parlamentar de 90 para 45 dias e agora discussão para mantê-lo em 30 dias, além de ter acabado com o pagamento das sessões extraordinárias e estar realizando concurso público.
Apesar desses avanços, ainda é preciso acabar com outro privilégio: pagamento do 14º e 15º salários dos deputados, mais conhecido como “Auxílio Paletó”. Uma remuneração paga no início e no final de cada ano, justificado para compra de roupas e até de materiais de necessidade à atividade parlamentar.
Por isso, estou apresentando Projeto para acabar com mais esse benefício durante os quatro anos de mandato. Até defendo que no início o deputado receba uma ajuda para comprar equipamentos necessários para o trabalho, como máquina fotográfica, computador, filmadora, gravador, vestimenta. Mas só!
Depois disso, considero que o salário de um deputado já é suficiente para as suas despesas pessoais, sendo um bom exemplo para a Assembleia a extinção desse benefício.
Com essa medida, a Assembleia Legislativa economizaria cerca de R$ 3,8 milhões. Dinheiro que poderia ser aplicado para melhorar a remuneração dos novos concursados e trazer melhoria aos serviços públicos. O certo é que precisamos acabar com o “Auxílio Paletó”!
* Economista e deputado estadual pelo PT
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