Começou nesta segunda-feira (6) a greve por tempo indeterminado do Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), que afeta diretamente a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), que poderão ficar sem aulas e sem atendimento, respectivamente.
Pelo menos 3 mil servidores do Amazonas irão paralisar as atividades. Destes, apenas 600, que trabalham no HUGV continuarão a trabalhar. Na última sexta-feira (3) a diretoria do Sintesam protocolou pedido de audiência com a Reitora da Ufam, Márcia Perales, para tratar de pontos específicos do movimento de greve e determinar quais os setores irão continuar funcionando durante o processo.
De acordo com o presidente do Sintesam, Carlos Almeida, a greve é nacional, mas na UFAM procura negociar aumento de 15% no piso salarial dos técnicos, revisão dos salários de aposentados da universidade e alternativas para diminuir a falta de segurança das dependências do Campus Universitário..
Além dessa demanda local, a Federação que representa os trabalhadores em nível nacional, luta em Brasília contra a MP 520/2010, que privatiza hospitais universitários, e o PL 549/2009, que congela por 10 anos salários dos servidores públicos.
"Historicamente nós nunca paramos o atendimento do HUGV, para garantir o atendimento da população, principalmente a mais carente. Por isso pedimos uma reunião com a reitoria para determinarmos quais os serviços que não serão paralisados durante o processo", disse Carlos Almeida.
UFAM
Enquanto para o Sintesam a greve já existe de fato, a UFAM continua as atividades como se não houvesse nada acontecendo. Em todo o campus os alunos ainda desconheciam o início do movimento e para o vice-reitor, Hedinaldo Narciso Lima, as atividades não devem parar.
"Sabemos que a greve começou hoje, mas também que eles iriam fazer uma assembléia no dia 8 (próxima, quarta-feira) para definir o que vão deixar funcionando. Como você pode ver as coisas ainda continuam funcionando normalmente aqui", disse Hedinaldo Narciso.
Se as atividades dos técnicos-administrativos forem realmente interrompidas nos próximos dias a possibilidade de paralisação das aulas da UFAM são reais. Segundo o presidente do Sintesan, Carlos Almeida, as unidades administrativas, coordenações e apoio técnicos estão dentro da greve e isso pode afetar o final do semestre.
"Se a greve se prolongar pode ocorrer até o não fechamento do período, porque envolve as atividades da pró-reitoria de ensino de graduação, que atinge diretamente os alunos, são os técnicos. Eles parando, a conseqüência natural é prejudicar a manutenção das atividades", comenta Carlos Almeida.
Professores
Essa situação é confirmada pelo professor Rosenir Lima, para ele fica impossível manter as atividades docentes sem o apoio dos profissionais das coordenações e de suporte. "A instituição é um todo, que funciona por partes, em que uma depende da outra. Então quando os técnicos-administrativos param, na verdade praticamente obrigam os professores a diminuírem o tempo de trabalho, e dependendo do tempo podem influenciar até a paralisação dos professores ao longo do tempo, já são eles que operam a máquina", comenta o professor.
Fonte: http://www.d24am.com
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