Deputado Francisco Praciano
Em agosto de 2008, o presidente Lula sancionou a lei 11.769, tornando obrigatório o ensino de música nos ensinos fundamental e médio. Para isso, as escolas têm que adaptar seus currículos na área de artes até agosto deste ano. O ensino de música já fez parte dos currículos escolares, mas foi retirado na década de 70. A lei atual ressurgiu com a mobilização de inúmeras entidades, como universidades, associações e cooperativas de músicos. A diferença é que agora a música não será necessariamente uma disciplina exclusiva, mas fará parte do Ensino de Arte e cada escola terá autonomia para decidir como incluir esse conteúdo de acordo com seu projeto político-pedagógico. Até o final de agosto, os sistemas de ensino estaduais e municipais definirão em que séries a música será incluída na grade curricular e qual a quantidade de aulas por semana. O MEC recomenda que, além das noções básicas de música, dos cantos cívicos nacionais e dos sons de instrumentos de orquestra, os alunos aprendam cantos, ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos, para, assim, conhecerem a diversidade cultural do Brasil e do Estado em que residem. Segundo os especialistas, além de mais alegria à vida dos estudantes, o ensino de música traz inúmeros outros benefícios, dentre os quais: ajuda a desenvolver a sociabilidade; desperta o senso rítmico e a criatividade; funciona como meio de estímulo às outras matérias escolares; ajuda a combater a agressividade, a timidez, o medo e os problemas de rejeição. Espero que as escolas municipais de Manaus e as da rede estadual já estejam providenciando a adaptação de seus currículos. Não vale alegar que não há dinheiro para isso, pois está provado que se pode fazer música com uma caneta, com instrumentos feitos de sucata e até com o próprio corpo. É só uma questão de vontade. (Publicado terça-feira, 08 de fevereiro/2011, no Jornal Dez Minutos - por Francisco Praciano) |
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