É inaceitável confiar o ministério do Turismo, pasta estratégica pelos grandes eventos esportivos dos próximos anos, a alguém que apresentou uma nota fiscal de R$ 2.156,00 do Motel Caribe na prestação de contas da verba indenizatória de junho.
O que se ouve é que a "festa", digamos "berlusconeana", que serviu para o deleite dos presentes e paga com o dinheiro do contribuinte, foi uma das melhores deste tipo em 2010. Um escárnio.
O motel que fica a 20 quilômetros do centro de São Luís recebeu pelos serviços dinheiro oriundo da Câmara dos Deputados. O leitor tem noção deste absurdo? O motel foi correto, deu nota fiscal e tudo. Como o senhor Pedro Novais, com este lastro, pode ser confirmado na pasta? Não pode. Ele tem que pedir para sair antes da chegada do Capitão Nascimento.
Ele diz não ter estado na suíte mais cara, que leva o nome sugestivo de "Bahamas", tem garagem dupla e custa de R$ 98 (três horas) a R$ 392 (24 horas).
Chamou a atenção que um homem de 80 anos ainda tenha tanta animação para participar ou financiar uma maratona como só um quarto de motel pode oferecer. A privacidade do ambiente dá margem à descontração. Não dá para acreditar que ali fosse um escritório de trabalho.
O deputado que dizem ganhar um salário, R$ 32 mil mensais a título de "verba indenizatória" para arcar com despesas do mandato parece não ter a quem prestar contas. Sobre o dinheiro não acresce qualquer imposto.
O futuro ministro do Turismo, deputado Pedro Novais (PMDB-MA), indicado pelo senador José Sarney, não tem condições morais de assumir a pasta a ele oferecida pela presidente Dilma Rousseff.
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