terça-feira, 27 de maio de 2014

Enquanto a mídia torce contra, brasileiros entram no espírito da Copa.


Quase 400 mil brasileiros já fizeram filas – às vezes, de horas até – para ver, tocar e tirar fotos e selfie com a taça da Copa do Mundo que viaja pelo país. Mas a mídia só destaca os 3 mil que saíram as ruas para protestar contra a Copa em 12 cidades do país há pouco mais de uma semana.

No último sábado, toda a mídia falou de um protesto semelhante, também noticiado como sendo contra a Copa, realizado na Zona Oeste paulistana, no bairro de Pinheiros. Só que neste, os três mil de uma semana antes no Brasil inteiro, evaporaram-se. Reduziram-se a participantes nesta manifestação no fim de semana em São Paulo, o que nem assim arrefeceu o ânimo pró-tragédia da imprensa.


Alguns comentaristas, uma praga cada vez mais presente nos noticiários de TV, que falam mais do que dão notícia, mantiveram o tom que seguem há duas semanas e misturaram os protestos contra a Copa com as greves e passeatas por melhores salários de professores e motoristas (em São Paulo) e de rodoviários (no Rio, como são chamados lá motoristas e cobradores de ônibus).

Todos, mídia, comentaristas, sem exceção, minimizaram a violência das manifestações contra a Copa, a violência de mascarados, de gente com o rosto coberto, de outros que compareceram às manifestações sem saber contra o que protestavam. Estão todos loucos por uma tragédia que macule o Mundial de futebol que começa daqui a 17 dias no nosso país (no próximo dia 12), com a partida entre Brasil e Croácia, no estádio do Corínthians, o Itaquerão, em São Paulo.

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