quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Tereza Campello faz balanço positivo do Brasil Sem Miséria


Tereza Campello 
Tereza CampelloNum balanço apresentado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil sobre os resultados e ações do Plano Brasil Sem Miséria nesta terça (30.10), a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, demonstrou que o programa reduziu a desigualdade social no Brasil. 

Como exemplo da diminuição da pobreza a ministra lembrou que o Brasil atingiu a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de redução de pobreza pela metade em 2006, bem antes da data fixada pela conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000 que era 2015.

Mas a ministra falou também dos desafios para se avançar com maior rapidez neste campo. Para a ministra, é obrigação do Estado ir atrás dessa população para que as pessoas tenham conhecimento dos seus direitos e das oportunidades oferecidas pelo governo. Mas, ainda segundo ela, “o serviço público precisa ser reorganizado para o Estado chegar à população de pobreza extrema”. 

Conquistas do Plano Brasil sem Miséria

O Brasil Sem Miséria foi criado em junho de 2011 para atender à população em pobreza extrema. Atualmente, 16 milhões de pessoas estão nessa situação, sendo que 60% delas no Nordeste. A maioria tem menos de 15 anos. 

Em agosto, no balanço de um ano do Plano, o MDS divulgou a informação de que foram incluídas no Bolsa Família 687 mil famílias, que passou a atender a 13,5 milhões das 16,2 milhões de famílias brasileiras com renda mensal inferior a R$ 70,00 por pessoa (critério do MDS para a pobreza extrema).

Outros dados do balanço de um ano são que neste período se conseguiu aumentar os recursos destinados ao programa em 40%. Antes, somavam 0,38% do PIB. Agora, são 0,46%. Ampliou o benefício médio de R$ 96 para R$ 134. Criou uma série de ações com focos nas crianças, como o Brasil Carinhoso, que reduziu a miséria na faixa etária de 0 a 6 anos em 62%. Ofereceu mais de mil atendimentos no meio rural, em especial assistência técnica para 170 mil famílias, energia elétrica para outras 114 mil e cisternas para 111 mil. 

Nas cidades, o Brasil sem Miséria criou 256 mil vagas de qualificação profissional, que atenderam 123 mil inscritos. Repassou recursos para a construção de 2.077 novas unidades de saúde e triplicou o número de escolas em áreas de extrema pobreza.

As ações do programa têm foco em garantir renda a essas populações, o acesso a serviços públicos assim como em incentivar sua inclusão produtiva.

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