Por Frederico A. Passos - e-mail: fred_passos@yahoo.com.br
O dia 28.10.2012 será um dia inesquecível para José Serra. Nesse fatídico dia, um segundo poste lhe infringiu uma segunda derrota eleitoral. Postes? Que postes?
Na eleição de 2010, quando do lançamento de Dilma Rousseff à presidência pelo PT, o PSDB comemorou a indicação. Algumas de suas lideranças, especialmente Fernando Henrique Cardoso e Álvaro Dias, diziam que a vitória de Serra seria fácil, de lavada, pois o PSDB disputaria o pleito com um poste. O resultado, todos nós sabemos!
Em 2012, na eleição para prefeito de São Paulo, depois de ter implodido as prévias do PSDB, Serra era o candidato preferido dos institutos de pesquisa, especialmente IBOPE e DATAFOLHA. Também era o queridinho dos grandes grupos de mídia: VEJA, GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO e ESTADÃO. Quando o PT lançou Haddad, todos riram, gargalharam, zombaram, menosprezaram a candidatura petista. Serra disputaria outra eleição com um poste! Perderam novamente. E Lula, o padrinho político dos dois postes, ao término da eleição em São Paulo, provocou o PSDB e suas lideranças:
“De poste em poste, vamos iluminar o Brasil inteiro!”
E agora, o que restará a José Serra, um político profissional, que estudou bastante para ser presidente do Brasil e, por isso, a única coisa que saber fazer é disputar eleição ou receber cargos de seus apadrinhados? Não sei. Perguntei a diversas pessoas sobre o futuro político de José Serra. Algumas me responderam de forma deselegante, que não vale a pena comentar aqui, pois detesto falar mal ou denegrir a imagem das pessoas! Mas confesso, fiquei impressionado com a análise do sociólogo árabe, Said Min Kaaralho.
Segundo Said Min, Serra deveria provar que é um político humilde e, nas eleições de 2016, disputar uma vaga para a Câmara Municipal de São Paulo, pelo PSD, do Kassab, que, pelo azar do destino, foi seu afilhado e algoz político. Ou, quem sabe, se candidatar a presidente da associação de moradores do local onde mora, o bairro dos Jardins, em Sampa. E, caso não aceite esses dois conselhos, restará a Serra, caso não seja o candidato do PSDB a presidência, disputar a eleição de presidente do Palmeiras, seu time do coração, e, assim, afundar de vez o porco!
O fato é que Serra, depois de anos vivendo como um penduricalho do Estado, ficou desempregado, acabou dependurado num poste! Por isso, estou abatido com tal situação. Estou sentindo certa comiseração do Serra, coisa rara em meus sentimentos, pois me considero um existencialista de carteirinha. Estou disposto a ajudar o Serra. E você, caro leitor, pode comprar uma feijoada que vou organizar para que o Serra possa, pelo menos uma vez por mês, almoçar em um daqueles restaurantes finos dos Jardins?
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