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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

POLÍTICA ESPORTIVA: Em Manaus precisa funcionar!

Por Nailson Castro
É o fim do período eleitoral e inicio dos preparativos para um novo mandato. O esporte, por meio das urnas, deu seu recado. Vereadores com a bandeira do esporte foram eleitos. O que esperamos e vamos cobrar, é que desde o primeiro dia de mandato, passem a pensar verdadeiramente no segmento que os elegeu. A exemplo de uma partida de dominó, o jogo começa na primeira pedrada e não nas finais. Sendo assim esperamos que a vereança esportiva trabalhe desde já.

Dentre os nomes mais fortes estão Fabrício Lima e Ednailson Rozenha. É neles que nós, do meio esportivo, vamos depositar confiança e, principalmente, cobranças. Aliás, cobranças em nome da esperança de ver tudo melhor. E temos mesmo que cobrar, para não deixá-los na zona de conforto. Manaus tem se mostrado inconformada e isso se estende ao desporto. É preciso evoluir. Dar o reconhecimento que o desporto merece. Dar a atenção que o desporto precisa, a estrutura que o desporto exige e o tamanho que lhe é devido. O desporto é grande, é complexo, é eficiente, é saudável, é útil, é seguro. O desporto é muito e dessa forma é que deve ser observado por nossos representantes.

Na escola auxilia e até empurra o aprendizado. Nas comunidades é agente social. Na sociedade se impõe como ciência, como profissão, como ponte para diversos objetivos, como médico em diversas situações, como vacina e como remédio. Sendo assim, nossos representantes, colocados lá por nós, ansiosos de justiça, não podem descansar ou pestanejar. Devem priorizar o desporto nas pautas da casa, nas conversas com o executivo, nos atendimentos de gabinete, no trabalho de campo, nos registros diários. Nós vamos cobrar esse comportamento, pois precisamos dessas atitudes.

Na linguagem das quadras, campos, ginásios e locais de competições, fiscela é a ação desnecessária, o elogio impróprio, o descanso desmerecido, a vitória injusta. No dicionário o significado é outro, mas no dialeto esportivo é algo deplorável. Não precisamos de fiscela e muito menos de fiscelentos. E vamos lutar contra as fiscelas e os fiscelentos. Contra os ficcionistas e as ficções. Contra os armadores e as armações.

Precisamos de trabalho real, de ações verdadeiras, de vitórias reais. O desporto de participação vai bem, mas pode ser melhor, afinal de contas o indicado para nossas crianças e idosos é a hidroginástica, sendo assim, que sejam providenciadas as piscinas. O desporto educacional precisa melhorar já que nas escolas os espaços são mínimos, quando existem. O desporto de rendimento é o mais carente de todos. Até hoje é ignorado pelo município. Não está na Lei Orgânica de Manaus e isso precisa ser corrigido. Manaus, a 6ª cidade mais rica do Brasil, precisa abraçar seus melhores atletas. Um abraço generoso e seguro.

Nossa infraestrutura municipal para competições nos envergonham. Manaus não tem ginásio, nem estádio, nem ambiente próprio para jogos indoor. É uma vergonha , já que Rio Branco, aqui ao lado, possui tudo isso.
A agenda de competições nacionais não pode cair. Tem necessariamente que crescer. Pelo menos tem que acontecer, independente de quem esteja à frente da Secretaria municipal de Desporto. Nossos campeões não podem mais migrar para outras cidades, enfim, a Manaus esportiva precisa de um planejamento sério, de funcionalidade contínua e de uma verdadeira política desportiva.

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