Nesta semana, o programa Mais Médicos completou seu 1º ano de existência. Venceu, com a ajuda da população brasileira, o corporativismo das entidades médicas, uma violenta campanha difamatória contra os médicos estrangeiros – sobretudo os cubanos – incensada pela imprensa e a oposição. Na direita conservadora e reacionária de sempre chegaram ao ridículo de temer e a afirmar que os médicos cubanos aqui promoveriam uma revolução comunista.
O Mais Médicos é um sucesso inconteste. Tanto que até os gestores públicos da oposição solicitaram seus profissionais para o atendimento em municípios e Estados. Podemos citar, por exemplo, o caso paulista, o maior paciente do Programa, que solicitou 1.279 de seus médicos para o atendimento de 7,2 milhões de desassistidos moradores no Estado. São Paulo há 20 anos governado pelo PSDB, pelo tucanato… Justo os tucanos que, não adianta esconder agora, estiveram e estão entre os mais ácidos críticos do programa
Os números do Mais Médicos impressionam. Ainda mais se pensarmos no curto período de implementação do programa: 14,4 mil médicos estão atuando em 3.819 municípios – em 70% deles, nas regiões de grande vulnerabilidade social – e 34 distritos indígenas, atendendo 50 milhões de brasileiros (25% da população total do país). E mais: o programa faz um ano aprovado por ampla maioria da população conforme atestam as pesquisas de opinião pública.
Aumento total de 35% no número de consultas
Além disso, 100% dos municípios que solicitaram o recebimento de médicos do programa foram atendidos, dentre eles, as 700 cidades brasileiras que tinham déficit absoluto de médicos – não contavam com um único profissional dessa área para atender a população local. Nunca é demais repetir também, porque as entidades médicas e seus aliados críticos do programa não o fazem: profissional do programa só foi contratado para local onde os médicos brasileiros não quiseram ir trabalhar.
A partir do programa, houve um aumento de 35% do número geral das consultas na atenção básica e uma redução de 20% do encaminhamento dos pacientes para os hospitais que não precisaram se deslocar, foram atendidos nessas unidades. Doenças como diabetes e hipertensão arterial tiveram um aumento de consultas de 45% e 5% respectivamente. E as consultas de pré-natal cresceram 11%.
Outro aspecto salientado por Luiz Mota, diretor de Atenção Primária de Saúde Ceilândia, Luiz Mota, é o fato de o Mais Médicos estar fortemente ligado à comunidade. Um dia por semana, os médicos tiram para visitar os pacientes acamados e com dificuldade de locomoção.
Saúde da Família
Outra boa nova sobre a área da Saúde e na mesma semana em que o Mais Médicos completa seu 1ª ano em atividade, foi o lançamento de uma pesquisa publicada pelo jornal British Medical Journal (BMJ) sobre os benefícios do Programa de Saúde da Família (PSF).
O programa foi lançado pelo então presidente Itamar Franco, em 1994, no último ano de seu governo, embora com frequência o dr. José Serra se aposse dele e diga que foi ele que lançou especialmente em campanhas eleitorais. Não foi. Serra só foi ministro da Saúde no 2º mandato de FHC, a partir de 1999 e até 2002.
O estudo publicado inicialmente pelo British Medical Journal diz respeito ao período 2000 e 2009 – portanto, pega quase a totalidade dos governos Lula (2003-2009). É que o PSF lançado em 1994, só deslanchou mesmo a partir do início do 1º governo Lula. Nesse período de 200 para cá, aponta o estudo, houve uma queda de 21% na mortalidade por doenças cardíacas e de 18% nas cerebrovasculares.
As duas doenças são responsáveis pela morte de 350 mil brasileiros por ano. Foram analisados 1.622 municípios beneficiados pelo programa e realizada uma análise comparativa com os demais, mostrando que a presença da assistência médica domiciliar aumenta os efeitos positivos no combate às enfermidades.
O PSF conta com equipes de um médico generalista, um enfermeiro, um auxiliar ou técnico de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde responsáveis pelos cuidados primários e aconselhamento dos pacientes. Hoje, no governo Dilma, o programa atende 53% da população brasileira e está presente em 95% das cidades quase seis mil cidades (municípios) do país.
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