Michelle Bachelet, da Concertación, da coalizão de centro-esquerda volta a assumir o poder no Chile, após tê-lo governado entre 2006 e 2010. E à filha do ex-presidente Salvador Allende, Izabel Allende que assume a presidência do Senado chileno também nesta 3ª feira.
Vale destacar que entre os doze países do continente sul-americano, a posse de Michelle Bachelet eleva o percentual de mulheres chefes de Estado que, agora, passam a representar 25% – Brasil, Argentina e Chile. Michelle assume um Chile governado durante os últimos quatro anos por um dos mais impopulares governos da América do Sul, o do direitista Sebastián Piñera, que passou boa parte de seu mandato em verdadeira guerra contra as vozes das ruas.
A expectativa é que o Chile volte a se aproximar dos países vizinhos da América do Sul e dos temas e blocos regionais. Como avaliou o embaixador Antônio Simões, subsecretário-geral para América do Sul, Central e Caribe do nosso Ministério das Relações Exteriores: “A perspectiva é muito positiva. O Chile tem intenção de ter um papel mais ativo na América Latina, o que é perfeitamente coerente com a posição que a presidenta Bachelet teve durante o 1º mandato: ela foi a primeira presidente da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL).”
O diplomata destacou, também, que “as indicações são de que o Chile tem intenção de trabalhar mais os temas da América do Sul e as relações com os países da região”. E apontou que a ideia agora é “que o Brasil esteja cada vez mais próximo do Chile. Estamos felizes de ver o Chile cada vez mais integrado com a América do Sul”.
Chile é o 3º parceiro comercial mais importante do Brasil
Terceiro maios parceiro comercial do Brasil, no ano passado, o volume de comércio com o Chile chegou a US$ 9 bi. Já o Brasil é o principal destinatário dos investimentos externos chilenos (US$ 22 bi em 2013). A expectativa com Michelle Bachelet no comando do país é que se aprofundem as parcerias bilaterais nos setores de energia, educação, infraestrutura e direitos humanos.
Participam da posse da presidenta chilena, as presidentas Dilma e Cristina Kirchner (Argentina) e os presidentes Evo Morales (Bolívia), Juan Manuel Santos (Colômbia), Rafael Correa (Equador), Enrique Peña Nieto (México), Horácio Cartes (Paraguai), Ollanta Humala (Peru), Desiré Bouterse (Suriname), José Pepe Mujica (Uruguai) e Laurent Lamothe (primeiro-ministro do Haiti).
Nenhum comentário:
Postar um comentário