terça-feira, 3 de setembro de 2013

Brasil tem de adotar medidas rigorosas diante da afronta da espionagem norte-americana


Diante da espionagem norte-americana, agora confirmada e que chegou ao ponto de invadirem até a comunicação trocada entre a presidenta Dilma Rousseff e os mais próximos a ela, inclusive ministros, a primeira providência é chamar de volta a Brasília o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Mário Viana.

A Rede de TV CNN, inclusive, desde a meia noite de ontem noticia que Brasil e o México – cujo presidente, Peña Nieto também foi espionado – já chamaram de volta seus embaixadores em Washington.

Outra providência que se faz imediata é cancelar a visita da presidenta brasileira a Washington, programada para se iniciar dia 23 de outubro. E representar contra o governo norte-americano nos organismos internacionais, além do propor à ONU que adote medidas legais e práticas contra as ações ilegais de espionagem dos EUA.

Expulsar os agentes da CIA e da NSA no Brasil

Podemos, também, expulsar do Brasil os agentes da CIA e da Agência Nacional de Segurança (NSA) norte-americana que atuam em nosso país. A outra providência que podemos e devemos adotar é desenvolver nossa defesa cibernética, nossa contraespionagem e nossa própria guerra eletrônica.

Já o Congresso Nacional deve aprovar – hoje, se possível – o requerimento com voto de censura contra o governo norte-americano e à NSA proposto pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado. E instalar imediatamente a CPI da Espionagem já proposta pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

E censurar o governo dos Estados Unidos e, ao lado disso, adotar medidas práticas, como a aprovação de créditos para o desenvolvimento da guerra eletrônica, cibernética e de nossa contraespionagem.

Itamaraty: sair dos “estudos” para as medidas práticas

Parte dessas sugestões, como o cancelamento da viagem aos EUA e levar a questão aos foros multilaterais internacionais, já está em estudo pelo Itamaraty e o governo brasileiro, conforme anunciaram ontem os ministros da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, e o chanceler Luiz Alberto Figueiredo.

De acordo com assessores da área diplomática, a presidenta Dilma está não só “indignada”, mas também “muito irritada” porque se sente “enganada” pelo governo norte-americano. No governo brasileiro, a informação de que Dilma foi alvo da espionagem é considerado o “episódio mais grave” desde o início do vazamento de documentos secretos envolvendo a ação da NSA.

O chanceler Figueiredo acrescentou que a violação da privacidade e dados pessoais, sejam de autoridades, como a presidenta da República, ou dos cidadãos em geral, é “incompatível” com a parceria existente atualmente entre Brasil-EUA. “É uma violação inconcebível e inaceitável da soberania brasileira”, ressaltou.

Pois que adotem imediatamente essas providências. Fora disso tudo, se não adotarmos esse conjunto de providências, o que for adotado – e principalmente só falado… – não passa de dois para lá e dois para cá típico da nossa diplomacia quando se trata dos EUA.

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