quinta-feira, 22 de agosto de 2013

José Ricardo vai ao Ministério Público pedir investigação em obras do hospital de Pauini, que já duram mais de dez anos


O deputado José Ricardo Wendling (PT) irá protocolar hoje (22) no Ministério Público do Estado (MPE) representação contra o Governo do Estado e a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) por conta das obras do hospital de Pauini (a 923 quilômetros de Manaus), que já duram mais de dez anos. “Uma obra sem placa, que já estaria 70% concluída, mas que pelas informações da população já dura mais de uma década, sem previsão de inauguração”, declarou ele, informando os últimos pagamentos registrados no Sistema Integrado de Controle e Gestão de Obras Públicas (Sicop): em 2005, no valor de R$ 1,4 milhão; e em 2009, de R$ 2,9 milhões, que totalizam mais de R$ 4,3 milhões.

Para o parlamentar, não dá para entender os motivos da demora para a conclusão e funcionamento do novo hospital. “Pelo site do Sicop, há informação de que esses valores repassados ao Município seriam para a conclusão da obra, o que não aconteceu. Por isso, queremos uma investigação sobre essa situação. O Estado abandonou esse hospital”, completou.

Enquanto isso, os moradores da cidade são atendidos em um hospital antigo, dá década de 70, e totalmente inadequado ao atendimento hospitalar. “Há anos, esse prédio não passa por manutenção, além da quantidade de médicos ser insuficiente para suprir a demanda. O hospital não tem poço artesiano e a água que abastece a unidade vem da casa de um vizinho. Uma vergonha”, afirmou José Ricardo, ressaltando que também não há gerador de energia na unidade e os depósitos de alimentos estão em situação precária.

São Sebastião do Uatumã

A situação da saúde no Município de São Sebastião do Uatumã (a 247 quilômetros de Manaus) não é tão diferente de Pauini: há problemas com vários equipamentos hospitalares, bem como na lavanderia; há poucos médicos atuando no local, que também sofre com falta de rede de oxigênio e pouca alimentação para os pacientes e pela falta de lençóis para os leitos. “E a ambulância nova só funciona com combustível caro e especial e que não tem na cidade, tendo que ser comprada em Manaus ou em outros locais distantes. Um absurdo”.

Tapauá

Já em Tapauá (a 449 quilômetros de Manaus), os problemas na saúde continuam, com a falta de médicos no hospital e com a falta de manutenção das ambulâncias, obrigando os estudantes da cidade a realizarem manifestação em frente ao MPE e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), cobrando providências urgentes nessa área, como ainda o pagamento de salários atrasados do funcionalismo público municipal e do auxílio-moradia dos estudantes que vivem na capital.

“O problema de todos esses municípios está na péssima gestão do Governo do Estado. É dinheiro público sendo mal utilizado ou até desviado”, declarou ele, que encaminhou à Susam o relatório de todas essas visitas.

Fonte: Assessoria de Comunicação

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