Rui Falcão |
É importante à pauta que o PT definiu como prioridades partidárias no próximo ano, a regulamentação da mídia e a reforma política, anunciadas pelo presidente nacional do partido, deputado Rui Falcão.
Na parte da reforma política, e quando acabamos de sair de uma eleição feita pelas antigas regras de financiamento privado de campanha, está certo o partido quando decide que nesse item vai priorizar a discussão sobre financiamento público de campanha.
Todos nós que defendemos e vemos a necessidade urgente de o país fazer a reforma política, não podemos esquecer que há um projeto pronto contemplando todas as mudanças fundamentais, elaborado pelo relator da Comissão Especial de Reforma Política, deputado Henrique Fontana (PT-RS). Podemos concordar ou discordar deste ou daquele ponto na forma em que o colocou o relator, mas o fundamental é discutí-lo. Levar adiante e votá-lo.
A reforma política e a escolha de candidatos pelos partidos
No bojo do debate da reforma política, o PT vai discutir uma questão que lhe diz respeito internamente, a forma de escolha dos candidatos, principalmente os majoritários em eleições. Rui adiantou que o PT iniciará essa discussão em cima de pelo menos três linhas: a escolha por acordos internos, consensual; a feita em encontros municipais e estaduais que no PT são frequentes; ou via realização de prévias quando estas forem necessárias.
Rui considerou que na eleição deste ano foram realizadas poucas prévias, ao contrário de eleições anteriores, quando até o ex-presidente Lula teve de disputá-las uma vez (2002) para concorrer à Presidência da República. Mas, é como ele deu a entender, elas não são nenhuma excentricidade dentro do PT.
O presidente do partido antecipou que pretende propor no Congresso Nacional do PT, em 2014, uma mudança nos estatutos para que não ocorram prévias nas cidades onde prefeito do partido disputa a reeleição. A não ser que ele tenha aberto mão da reeleição.
Prévias partidárias
A questão das prévias - e não só ela - a forma de escolha dos candidatos majoritários deve ser um exemplo a ser dado pelo PT a todos os partidos e ao processo político nacional. Essa escolha deve se dar, sempre, por meio da busca do consenso ou de uma maioria ampla como acontece na definição dos candidatos do partido na maioria das cidades.
O dirigente máximo petista disse não saber avaliar se o julgamento da Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal (STF) teve influência nas eleições. De qualquer forma, concordou em analisar a questão, quando mostrou o crescimento do PT e a queda do PSDB no número de cidades governadas.
"O importante - assinalou Rui - é que, a despeito da campanha que foi feita, fomos o partido que obteve o maior número de votos no 1º turno, e somos o partido que vai governar o maior número de eleitores a partir de 2013". Rui citou um caso específico desse sucesso eleitoral do PT: "São José dos Campos é a porta de entrada do Vale do Paraíba, região reduto do governador Alckmin. Lá, tínhamos duas prefeituras e passamos para nove."
O PT também tinha e reelegeu os prefeitos da 2ª maior cidade do Estado, Guarulhos, e da 4ª maior, São Bernardo do Campo. Para Rui, o PT consolidou-se no Estado, o que reforça a sua obrigação de sair com candidatura própria a governador do Estado em 2014.
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