terça-feira, 30 de outubro de 2012

José Ricardo vai reunir secretário da Seduc e representantes dos psicólogos e assistentes sociais em defesa da inclusão desses profissionais nas escolas


O deputado José Ricardo Wendling (PT) irá agendar reunião com o secretário de Estado da Educação (Seduc), Rossieli Soares da Silva, os deputados da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) e os representantes dos sindicatos dos psicólogos e dos assistentes sociais do Amazonas, em defesa da inclusão desses profissionais no novo concurso da Seduc.

José Ricardo apresentou duas emendas ao Projeto de Lei do Governo do Estado, que entrou em tramitação na Aleam, mas foi retirado de pauta para adequações, para acrescentar 585 vagas para psicólogos e outras 585 para assistentes sociais no Concurso Público que está lançando para a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), propostas subscritas pelos deputados Luiz Castro (PPS) e Marcelo Ramos (PSB).

“Toda escola da rede estadual deve ter em seu quadro um psicólogo e um assistente social, profissionais importantes para a melhoria da qualidade do ensino”, declarou ele, que é autor de propostas na Aleam para acrescentar o profissional da psicologia e da assistência social na rede estadual de ensino.

A proposta de discutir esse assunto com a Seduc saiu da reunião realizada na manhã desta terça-feira (30) com José Ricardo, o presidente do Sindicato dos Psicólogos do Amazonas, Alberto Jorge; e o presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais, Márcio Rafael Rodrigues, tendo ainda a presença do líder do Governo na Aleam, deputado Sinésio Campos (PT), e do presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, deputado Sidney Leite (DEM).

Para os representantes desses profissionais, é urgente a inclusão dos psicólogos e dos assistentes sociais nas escolas, tendo em vista a alta evasão e violência escolar. “Falta vontade política para resolver essa questão. Porque esses problemas nas escolas passam por questões psicossociais e econômicas dos alunos, dos pais, dos professores e dos servidores”, destacou Alberto Jorge.

“É preciso trabalhar a prevenção para evitar problemas futuros nas escolas, devendo ser feita pelo assistente social e pelo psicólogo”, defendeu o representante dos assistentes sociais, Márcio Rafael, ressaltando ainda a importância do apoio político em projetos dessa relevância. As duas categorias informaram que irão entregar documentos ao secretário da Seduc e, se for necessário, ao próprio governador do Estado, justificando tecnicamente a necessidade desses profissionais nos quadros da Secretaria de Estado da Educação.

O líder do Governo na Assembleia, Sinésio Campos, informou que esse Projeto do Governo foi retirado de pauta para outras adequações e que é preciso analisar quais os impactos financeiros da inclusão de mais vagas nesse concurso. “Posso fazer essa interlocução com o Governo, porque sei da importância desses profissionais nas escolas. Sou professor”.

Já o presidente da Comissão de Educação da Assembleia, Sidney Leite, defendeu que em Audiência Pública se discuta com o secretário da Seduc esse e outros assuntos ligados à área. “Precisamos ver qual o teto da folha de pagamento da Seduc”.

Entenda melhor as emendas

Pela proposta anunciada pelo Governo do Estado, o novo concurso terá 9.600 vagas para professores e pedagogos, sendo 1,3 mil vagas para merendeiros. “Finalmente, o Estado acordou para a situação irregular que estava implantando na Seduc, com os processos seletivos”, disse José Ricardo, que no ano passado ingressou com representação no Ministério Público do Estado (MPE) pedindo Ação Civil Pública contra a atitude, que chama de insensata, do governador em criar vagas em Processo Seletivo, deixando milhares de educadores em situação de instabilidade.

De acordo com deputado, é gritante a necessidade das escolas da rede estadual de ter em seus quadros psicólogos e assistentes sociais. Ele lembra que o Conselho Nacional de Educação (CNE) já discute a necessidade desses profissionais nas escolas do País. E informa que há 470 mil alunos na rede estadual e em torno de 25 mil professores. “Se tivermos um psicólogo e um assistente social por escola, teremos cada profissional desse atendendo uma média de 804 alunos e 44 professores, o que já é um número elevado”, destacou ele, lembrando que atualmente só existem 18 psicólogos na rede, uma proporção de 26,1 mil por profissional.

Fonte: Assessoria de Comunicação.

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