CAPRICHOSO EMPOLGA COM RITUAL
Para levantar a galera e agradar os jurados, o Caprichoso abriu a terceira e última noite do 47º Festival Folclórico de Parintins, na noite deste domingo, 2 de julho, com toadas antigas e apostou em evoluções aéreas. O bumbá azul levou para arena do Bumbódromo o subtema ‘Parintins de muitos amores’ e tentou mostrar as crenças, festanças e a cultura do povo parintinense.
Representando o toadeiro parintinense, o levantador David Assayag entrou tocando violão empolgou a torcida com a toada ‘O meu amor é Caprichoso’. Antes disso, o apresentador Júnior Paulain já havia mostrado qual era a proposta do boi com ‘Ninguém gosta mais desse boi do que eu’. Os dois entraram acompanhados de itens mirins da escolinha de artes do Caprichoso e do próprio boi.
A festa na arena começou com a exaltação folclórica que levou um ‘boizão’ para arena. Da área frontal do módulo surgiu a porta-estandarte Jeane Benoliel, que apresentou um estandarte um tanto diferente. No lugar do estandarte tradicional ela levou uma estrela com a cabeça do boi.
O amo, Edilson Santana, mais uma vez não dispensou o amo adversário e na maioria de seus versos arranjou uma forma de cutucar Tony Medeiros. Além de chamar Tony de mentiroso, negligente e incapaz de criar versos bons Edilson acabou chamando Tony para um desafio.
Ainda no início da apresentação, o pajé, Waldir Santana fez sua primeira aparição vindo de um guindaste. Logo em seguida, foi a vez da cunhã-poranga, Maria Azêdo, fazer sua festa nas alturas. Em cima da cabeça de uma cobra apareceu na galera, que nesse momento foi ao delírio. No bico de um beija-flor gigante, ela ‘passeou’ pela arena.
‘Tapiraiauara’ foi a lenda amazônica contada. Logo que a figura da Tapiraiauara começou a se erguer, a rainha do folclore, Brenna Dianná, apareceu para evolução. A moça, que ontem caiu ao descer da alegoria, foi erguida por uma arraia. Na alegoria, inúmeros animais aquáticos dos rios da Amazônia começaram a aparecer repentinamente. Cobras, jacarés e peixes se moviam como se fossem reais.
O item de figura típica regional mostrou o ‘Artesão Caboclo’, responsável por produzir inúmeros artigos revendidos em várias partes do país tendo como matéria prima produtos amazônicos. A sinhazinha da fazenda, Tainá Valente, veio do grande tipiti nas mãos de um caboclo na região central da alegoria. Ela representou o artesanato caboclo.
O ritual indígena, ‘Paikicés Mundurucu’, com uma alegoria gigante levo um Mudurucu gigante para arena que, ao ter sua máscara levantada, revelou o pajé. Como na primeira vez, ele apareceu no alto. A equipe de apoio que auxilia na locomoção de alegorias, teve dificuldades para levar a maior e última alegoria para a arena.
No final ficou a impressão que o ritual do Caprichoso empolgou a galera, que se despediu do boi em extrema felicidade. Diferente dos outros dois dias, o Caprichoso deixou arena com um tempo folgado, sem correria.
Fonte: http://www.parintins.am.gov.br
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