No artigo da semana passada, em que escrevi sobre a Conferência Rio+20, expliquei os significados das expressões “sustentabilidade”, “desenvolvimento sustentável” e “economia verde”, que há tempo são objetos de debates tanto por órgãos governamentais quanto pela sociedade civil.
A Conferência Rio+20 terminou e, conforme já havia sido antecipado pela imprensa, o documento final aprovado pelos 193 países que dela participaram deixa muito a desejar, principalmente por não estabelecer metas relacionadas às principais ameaças ao nosso planeta (desmatamento, aquecimento global, extinção de milhares de espécies da flora e da fauna, esgotamento dos recursos pesqueiros, contaminação dos rios e oceanos, etc.) e, também, por não indicar de onde sairão os recursos que possibilitem a implementação da chamada “economia verde” nos países em desenvolvimento.
Embora eu também tenha minhas críticas, não sou totalmente pessimista quanto ao resultado final da Rio+20, pois tenho percebido que, independente da posição dos governantes mundiais, uma boa parte da sociedade civil – tanto do Brasil quanto de outros países - está cada vez mais mobilizada e mais consciente sobre o futuro que queremos e sobre o risco de não lutarmos por um desenvolvimento sustentável, isto é, um desenvolvimento que implique em crescimento econômico com preservação do meio ambiente e, ao mesmo tempo, com desenvolvimento social.
Contudo, para mantermos a esperança, é preciso que todos – representantes da classe política, estudantes, professores, empresários, membros de associações de bairros, etc. - não deixemos de discutir sobre questões como, por exemplo: combate à pobreza, reciclagem e coleta seletiva de lixo, tratamento de esgotos, geração de energia de fontes não poluentes, diminuição de uso de sacolas plásticas, uso racional da água e substituição dos meios de transportes individuais por ônibus e metrôs. Se fizermos isso, estaremos não só mantendo acesa a chama da Rio+20 mas também garantindo o nosso futuro.
* Deputado Federal do PT-Am (Publicado em 26 de junho de 2012 no Jornal Dez Minutos).
Nenhum comentário:
Postar um comentário