sábado, 11 de fevereiro de 2012

Como Greve da Policia?

Por: Júlio Lázaro Torma

Olhando a recente greve dos Policiais Militares dos estados da Bahia e do Rio de Janeiro;as declarações de partidos e grupos de extrema esquerda como o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados), conclamando a classe trabalhadora em fazer greve apoiando os " PM Grevistas", em nome da " solidariedade" e da " unidade da classe trabalhadora".

Onde segundo, estes setores a policia militar é o " trabalhador em armas" ou como escrevia Leon Trotsky:
" O Soldado é irmão do operário e do camponês", ou seja, no olhar trotskysta o militar é o povo em armas, como escreveram diversos teóricos marxistas.Pois ele vem das baixas camadas exploradas pelo capitalismo.

Olhando a greve da PM, não apoio está greve, em nome das vitimas da Policia Militar, que tem sido ao longo da história Republicana do Brasil, o para choque do estado e da burguesia, contra a população civil e as suas organizações sociais,como contra as suas justas reivindicações.

Em 31 de Março de 1964, a Policia Militar se colocou ao lado das forças militares golpistas que derrubaram o governo democraticamente eleito de João Goulart.

Podemos elencar nas últimas décadas atos contra a classe trabalhadora, praticado pela Policia Militar de norte a sul do país.

Como o assassinato pela policia dos operários Santo Dias da Silva, Carlos Dornelles, Jair Antonio da Costa, do sem terra Elton Brum da Silva, os massacres de 21 sem terra em Eldorado dos Carajás, 12 em Corumbiará, 3 sem tetos na Fazenda da Juta, os meninos de rua da Candelaria, moradores da Favela Naval, repressão aos povos indígenas nos 500 anos do Brasil em Porto Seguro e recentemente em Pinheirinhos...

A Policia Militar, tem usado na repressão aos movimentos sociais, repressão de forma covarde e truculenta.

Em defesa dos interesses da burguesia, em defesa desta, como demostra a defesa do patrimônio do sr. Naji Nahas, conhecido criminoso do sistema financeiro nacional.

A onde a PM de forma truculenta e covarde expulsou famílias que só querem o seu direito a moradia e a viver em paz no seu cantinho, como querem os moradores de Pinherinhos e de vários locais ocupados e depois expulsos pela policia militar.

Fora a repressão as famílias pobres dos campos e das periferias das cidades, temos visto de norte a sul do Brasil, o envolvimento de integrantes da Policia com o crime organizado.

Formando forças paramilitares, a soldo do narcotráfico, como grupos de extermínio e milícias que tem trazido terror e medo as populações pobres e indefesas.

Em muitas vezes o delinquente e o policial se confundem, onde além de termos a sensação de insegurança,impunidade, há também do medo das forças de seguranças no caso da policia que deveria defender o cidadão, a classe trabalhadora.

A proposta do PSTU e de outros grupos de solidariedade a PM, é uma atitude aventureira, que os iguá-la a direita que os sempre combateram.

Apoiar a greve da PM, é apoiar aqueles que em nome da ordem e da defesa do capital,da burguesia, nos reprime com mais violência, após as suas greves.

Esquecendo o apoio em que tiveram daqueles que os apoiaram, usando uma atitude de ingratidão.

Cabe a classe trabalhadora do campo e da cidade, as suas organizações sociais e sindicais, diante da greve das PMs baiana e fluminense, propor a sociedade brasileira um novo modelo de policia e de segurança pública, desatrelado do aparelho repressivo herdeiro da ditadura militar, que criminaliza pobre e está viciado pela corrupção e o crime.

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