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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Durante FST, Dilma antecipa postura do governo na Rio+20

Em visita ao Fórum Social Temático (FST), em Porto Alegre, a presidenta Dilma Rousseff defendeu unir “aceleração da economia” e “sustentabilidade”. Assim, antecipou a postura do governo de adequação às propostas da Rio+20.

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável ganhou destaque no discurso da presidenta. Ela falou para um público de cerca 4 mil pessoas na noite desta quinta-feira (26), no ginásio Gigantinho.

Ao saldar os participantes do Fórum, lembrou que "Porto Alegre virou referência" para pessoas que “não sucumbiram ao pensamento único” e não acreditaram no “fim da história”, recordando o inicio do Fórum Social Mundial (FSM), em 2001.

A presidenta fez uma análise sobre o aprofundamento da crise capitalista. Dilma afirmou que as conseqüências desta realidade “no mundo desenvolvido” têm sido “nefastas”. E criticou as medidas de austeridade econômica adotadas na Europa por gerarem desigualdade social, inclusive um massivo desemprego entre jovens.

Afirmou que, em meio a esta situação, o Brasil e parte da América latina “crescem enquanto outros países estão estagnados”. Dilma disse que o governo defenderá na Rio+20 um desenvolvimento que inclua três esferas: a econômica, a social e a ambiental.

No entanto, a presidenta não chegou a citar a Cúpula dos Povos, que será paralela a da ONU. O encontro alternativo criticará a “economia verde” por não questionar os modelos de produção e consumo capitalistas. Também se colocará crítico ao mercado de carbono, política defendida pela Rio+20.

Ainda que recebida com aplausos pela grande maioria dos presentes na atividade "Diálogos entre sociedade civil e o governo", a presidenta não se livrou das críticas no FST. Parte do público questionou a política ambiental do país gritando “Veta Dilma”, em referência ao projeto de lei que tramita em Brasília sobre mudanças no Código Florestal.

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