Paulo Sérgio Teixeira Fidelis, que foi interrogado nesta terça-feira, disse que matou Nardélio Gomes por "desespero".
Familiares e amigos de Nardélio Gomes prestam últimas homenagens durante o velório do líder ruralista.
O acusado de assassinar o líder rural Nardélio Delmiro Gomes, 47, admitiu a autoria do crime em depoimento prestado nesta terça-feira (13), na Delegacia de Humaitá (a 591 quilômetros de Manaus).
Segundo o delegado de Humaitá, Teotônio Rego Pereira, Paulo Sérgio Teixeira Fidelis disse que disparou dois tiros contra Gomes por “um ato de desespero”, após ele perder um processo em que acusava o líder rural de dívida trabalhista.
O delegado disse que o inquérito sobre o crime já foi instaurado e deve ser enviado nesta quarta-feira (14) para a Comarca do município. Paulo Sérgio, que já foi indiciado como autor do crime, também deverá ser encaminhado para o presídio de Humaitá ainda nesta quarta.
“Ele confirmou a autoria do crime. A alegação é que o Nardélio contratou o serviço de construção de um parque de exposição e não pagou pelo trabalho. O Paulo Sérgio disse que vinha passando por dificuldades financeiras financeiras, bem como os trabalhadores que ele tinha contratado, e num ato de desesperou, atirou contra ele”, disse Teotônio.
Durante o interrogatório prestado na delegacia, o acusado disse também que estava arrependido.
Após o assassinato, ocorrido no dia 30 de novembro, Paulo Sérgio Teixeira Fidelis vinha sendo considerado foragido. A polícia de Humaitá já vinha realizando buscas desde então.
“Antes que a gente concluísse a operação ele tomou a atitude de se apresentar. Pelo que consta, ele estava escondido em Rondônia”, disse o delegado.
Conforme Teotônio, Paulo Sérgio é natural do Estado do Paraná, mas já havia morado em diferentes cidades do Amazonas, como Apuí e Manicoré. Ultimamente ele residia em Humaitá.
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