Financiamento por meio do Programa de Agricultura de Baixo Carbono ficou acima da média de todos outros de crédito rural.
O agricultor brasileiro ampliou o uso da linha de crédito para investimentos que tornem a produção agrícola empresarial mais ambientalmente sustentável nesta safra (2011/2012). O movimento de R$ 178,1 milhões de julho até novembro é 55,5% maior do que os R$ 114,5 milhões dos cinco primeiros meses do Ano-Safra anterior (julho a novembro de 2010). De acordo com levantamento da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os financiamentos por meio do programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) –, que fomenta práticas sustentáveis (veja quadro) ficou bem acima da média de todos os programas de crédito rural da safra 2011/2012 administrados pelo Mapa. A média do conjunto de programas de financiamento de bens de capital foi de 12%. Dos R$ 20,5 bilhões previstos para investimento, R$ 6,5 bilhões já foram utilizados.
ABC - Elaborado dentro da estratégia brasileira de redução das emissões de carbono para cumprir as metas assumidas pelo País, o plano ABC atua em seis frentes: recuperação de áreas degradadas, plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária-floresta, plantio de florestas comerciais, fixação biológica de nitrogênio e tratamento de resíduos animais.
Sete mil projetos serão modelo para agricultura familiar
Mais de sete mil projetos de desenvolvimento sustentável em todo o País serão usados como modelos para 88 Planos Territoriais de Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS), feitos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Essas experiências bem sucedidas servirão de apoio para a construção de políticas públicas e para o desenvolvimento de novas estratégias que visam a dinamizar as cadeias produtivas da agricultura familiar, que serão anunciadas em março.
Orgânicos - Para 2012, o MDA pretende aumentar a base produtiva orgânica por meio do fortalecimento das redes e das organizações que atuam com agricultura familiar, e incrementar a comercialização nos mercados institucionais e privados voltados para o setor. Outro desafio é ampliar a regularização dos produtores ao marco legal de orgânicos do Brasil. A legislação de certificação e a produção de agroecológicos leva em consideração as necessidades dos agricultores familiares, e entrou em vigor neste ano. “O MDA põe técnicos à disposição dos agricultores familiares para efetivar a certificação. Dos 90 mil produtores do País, 20 mil estão certificados”, explica o diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA, Arnoldo de Campos.
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