Por Francisco Praciano*
No final de outubro, encaminhei ao Ministro da Educação três sugestões relacionadas ao ensino superior nos municípios da região Amazônica e, em particular, do Amazonas.
Na primeira das sugestões informei ao Ministro que, dos 61 municípios do interior do Amazonas, apenas 17 possuem campus de alguma instituição pública de educação superior, seja da Universidade Federal (UFAM), seja da Universidade do Estado (UEA) ou do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFAM), enquanto 44 outros municípios não possuem qualquer campus de educação superior. Nessa mesma sugestão, informei ao Ministro que a soma da população dos municípios que não possuem um único campus de educação superior totaliza 751 mil habitantes, o equivalente a 25% de toda a população do Estado.
Esses números indicam, sem sombra de dúvidas, que o sistema de educação superior no Amazonas necessita de uma expansão mais acentuada. Por isso, solicitei ao Ministro a adoção das providências necessárias para a criação de uma nova Universidade Federal aqui no Amazonas ou, ao menos, para a criação de novos campi da UFAM, de forma a atender as necessidades urgentes que o processo de desenvolvimento do nosso interior está a exigir.
As outras duas sugestões que apresentei estão relacionadas à contratação de profissionais da Educação Superior (professores, pesquisadores, técnicos administrativos, etc.) para a região Amazônica. Procurei demonstrar que se não houver um tratamento diferenciado para esses profissionais da educação, como o pagamento de gratificação-localidade ou outras gratificações, eles jamais se disporão a sair do conforto de suas cidades para irem trabalhar em cidades pequenas da Amazônia que não possuem livrarias, cinemas, teatros, shoppings, clubes de recreação, boas escolas para seus filhos, bons hospitais, etc. Continuarei insistindo nisso, pois tenho certeza que esse é o caminho para o desenvolvimento da Amazônia.
* Deputado Federal do Amazonas (PT).
Nenhum comentário:
Postar um comentário