quarta-feira, 15 de junho de 2011

TAMBÉM TEMOS PEIXE


Por: Francisco Praciano 
No artigo da semana passada, escrevi que o Pará, em pouco mais de 20 anos, tornou-se o maior produtor mundial de açaí, mobilizando 50 mil famílias e cerca de 300 mil pessoas nessa produção. No mesmo artigo, escrevi que, aqui no Amazonas, precisamos de uma atuação mais séria, por parte dos nossos governantes, para que, assim como o Pará, possamos produzir, em grande escala, nosso cupuaçu, nossa pupunha, nosso guaraná, nosso abacaxi e, até mesmo, o nosso açaí.
Recebi inúmeros e-mails de pessoas que concordam com a visão que expus no artigo, o que demonstra que a nossa sociedade também aguarda, com ansiedade, uma atuação mais séria e eficiente por parte dos nossos governantes no que diz respeito à formulação de políticas públicas com ações e programas de governo que contribuam para estimular e escoar a produção do nosso interior, a fim de que essa produção possa atingir tanto os mercados regionais quanto os distantes.
Além do açaí, da pupunha, do guaraná, do abacaxi e da castanha, já mencionados, também temos o peixe. Somos a terra do peixe. Se explorada racionalmente e contar com os necessários incentivos fiscais e financeiros por parte do governo estadual, a produção de peixe no Amazonas tem potencial para abastecer o mercado local (a baixo preço) e até o mercado mundial.
Cabe ao governo, pois, investir esforços e recursos para incrementar o setor de produção de pescados, tanto através da piscicultura tradicional quanto, onde for viável, da criação em tanques-redes e em grandes fazendas de peixe. Isso inclui não só a produção maciça de alevinos de diversas espécies quanto a implantação de fábricas para processamento desse pescado (salgados, refrigerados, defumados e congelados) e de seus subprodutos, como o couro do peixe para a confecção de cintos, bolsas, etc, utilizando-se a tecnologia que o nosso INPA já dispõe.

(Publicado na terça-feira,  14 de   junho  /2011, no Jornal Dez Minutos)      

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