Karl Marx sustentava que o capital era o responsável maior pela situação de exploração e miséria vivida pelos operários. Segundo ele, com a apropriação dos meios de produção, a burguesia se tornou uma classe privilegiada (econômica, política e socialmente), dona do capital gerada pela produção fabril, que compra a força de trabalho do operário, o único bem que lhe restou, sob forma de salário. Mediante este quadro, Marx afirmava que o sistema capitalista deveria ser superado e que a única classe social que tinha a força para esta tarefa era o proletariado.
A idéia de proletariado como uma classe antagônica à dos capitalistas surgiu no século XIX, quando operários conseguiram pela primeira vez organizar greves de dimensões consideráveis e questionar a situação em que viviam de maneira que, para muitos, suas exigências eram irreconciliáveis com a sociedade capitalista.
De meados do século XX até o presente, o Estado conseguiu administrar o antagonismo proletário através de diversas medidas, tais como: leis trabalhistas e transformação dos sindicatos em mediadores entre capitalistas e trabalhadores, tornando o proletariado uma classe quase invisível diante da sociedade.
Assim, no livro A Revolução Dos Bichos, o escritor indiano George Orwell, mostra através de uma história de ficção, a ganância de poder do ser humano. O autor utiliza-se de uma fábula para condenar o aburguesamento de “socialistas de ocasião”. Além disso, condena os revolucionários em tese, mas burgueses na prática.
Diante da decisão de ontem (16/05) da Executiva do Partido dos Trabalhadores do Amazonas, indico duas leituras obrigatórias aos “Dirigentes” petistas: O Capital de Karl Mark e A Revolução dos Bichos de George Orwell.
Amadeu Guedes
31 anos de militância
Especialista em Ética e Política
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