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sexta-feira, 3 de maio de 2013

ONU: receita do Brasil para reduzir a fome

Por Rosane Garcia

Mais de 800 milhões de pessoas estão muito abaixo da linha da pobreza no mundo. Erradicar a fome é um dos maiores desafios da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), sob o comando do brasileiro Francisco Graziano da Silva — mentor do Fome Zero, programa implementado no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Para ajudá-lo na missão, o diretor-geral da FAO convidou, no início de março último, a Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) para participar da Plataforma da Agricultura Tropical (TAP, sigla em inglês), fórum criado pelo G20, em 2011, a fim de propor medidas de combate à insegurança alimentar.

O presidente da Asbraer e do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Júlio Zoé de Brito, representará as entidades estaduais da rede oficial de assistência técnica e extensão rural (Ater) na TAP. Elas são referência em levar as políticas de governo para os agricultores, prioritariamente os familiares. O resultado desse trabalho, principalmente com as ações incorporadas pelo programa Brasil sem Miséria, foi mostrado à FAO, durante o encontro dos dirigentes dos órgãos de Ater, com Francisco Graziano, em Roma.

Hoje, o agricultor familiar tem melhor qualidade de vida e mais renda, a partir dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que beneficiam cerca de 2,2 milhões de estabelecimentos rurais no país. Para o secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Valter Bianchini, o convite da FAO é um marco na atuação internacional da rede oficial de Ater. "É o reconhecimento da Asbraer, que migra o saber da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para a agricultura familiar", afirmou.

Por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), diversas nações em desenvolvimento — sobretudo da África, da América Latina e do Caribe — têm demandado os serviços de assistência técnica e extensão rural do Brasil, reconhecidamente uma referência. Além disso, o país tem recebido missões diplomáticas para apresentar as ações voltadas ao enfrentamento da fome e da miséria. Os chamados extensionistas são considerados o principal elo entre as decisões políticas e o homem do campo.

Fonte: Correio Braziliense

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